Quando a luz é Deus em silêncio.

Tem dias em que tudo pesa.
O corpo cansa, a mente se perde, o coração se encolhe.
E, no meio disso tudo, a gente se pergunta: “Será que Deus me vê?”
A resposta nem sempre vem em voz alta.
Não vem com sinais grandiosos ou promessas em neon.
Às vezes, ela vem no silêncio, aquele que não grita, mas aquece.
Deus, muitas vezes, não se manifesta como um milagre imediato.
Ele se revela no tempo que passa e, ainda assim, sustenta.
Na lágrima que escorre e, mesmo sem resposta, alivia.
No caos que não se resolve, mas também não nos engole.
Tem gente esperando Deus nas certezas.
Mas Ele também mora nas dúvidas.
Na fé cansada, na oração sem palavras, no “amém” murmurado entre lágrimas.
Porque luz divina nem sempre é farol.
Às vezes, é só o brilho suficiente pra você não se perder de si.
Deus é presença, mesmo quando a gente sente ausência.
É cuidado, mesmo quando tudo parece abandono.
É aquela paz que não explica, só envolve.
É aquele sopro leve que diz: “Eu estou aqui, mesmo quando você não sente.”
Talvez o verdadeiro milagre seja acordar, mesmo exausto.
Respirar, mesmo com aperto.
Continuar, mesmo sem entender.
E descobrir que isso já é Deus te carregando por dentro.
Então, se hoje estiver difícil.
Fecha os olhos, respira, e fala baixinho: “Fica aqui, Deus.”
Porque Ele nunca saiu.
E às vezes, a luz mais forte é a que brilha em silêncio, dentro da gente.